terça-feira, 21 de abril de 2009




Inocência perdida



Há que falta me faz...

As marcas de alegria do sorrir da inocência
As lágrimas de temor da mais pura infância
Dos meus amigos a companhia
Dos meus pais a tolerância

Há que falta me faz...

O medo que eu tinha de dormir no escuro
As brincadeiras sapecas, de pular os muros
as fulgas à tarde, quando minha mãe dormia
as brigas com meu primo e dos carões de minha tia.

Os deveres de casa, que eu nunca fazia.
Os programas da Globo e toda sua magia
TV colosso, Xuxa e toda essa fantasia!

Há que falta me faz...

Brincar até tarde e esquecer de comer,
De não saber o que eu era, mais o que ia ser.
De achar chato ser criança e querer logo crescer!

Da vontade que eu tinha de quebrar a TV
Pra que aquela magia, eu pudesse viver
Pra que tudo que via, eu pudesse ter
E tudo que eu quisesse, eu pudesse ser!!!

Hoje em dia quando a ligo
Quero logo desligar
Pois aquilo que vejo, não consigo acreditar!
Que um pai a sua filha seja capaz de matar
E o fruto da sua vida de uma janela jogar.

Há que falta me faz...

A minha doce e querida inocência perdida
Pelo tempo que logo teimou em passar
A tristeza do amargo fel de entender a vida
E a eterna vontade de no mundo acreditar.

(Anderson Neves)

Um comentário:

  1. Nossa que linda sua poesia! parabéns vc escreve com a alma!

    Lindoooo

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