domingo, 20 de setembro de 2009

Sonho

Na lucidez dos meus sonhos, vejo meu mundo fluir
Na escuridão de uma noite, na intensidade da vida,
faço brilhar meus anseios, do corpo, da alma, dos gostos,
dos cheiros, dos beijos, dos seios...

Vida, que o inconsciente inventa,
Para aliviar o real, que a realidade distorce,
Para esconder os desejos, pra disfarçar a morte
para superar as angustias, nos deixar mais fortes

Mentiras que o próprio corpo aceita,
Um choque real, no meio da noite
Trazendo a tona, viagens perfeitas
Constrangendo as vergonhas, em um único golpe.

Não importa em que ponto da vida se está.
Não importa o status que se queira passar,
Não importa nem ao menos, se quer ou não quer.
O que importa... é a vida que ainda se tem,
é a cor dos desejos, é o gosto da vida, o sabor das feridas,
o amargo das dores, o sentir dos amores...

Liberdade sem regras, barreiras, correntes...
Sem limites de tempo, espaços e classes
Às vezes é única, outras remanescentes.

Muitos dizem que sabem. O que querem dizer,
Descrever e saber... adivinhar o que é...
Se é passado, futuro ou presente?
Se é real? ilusão? Ou só é?

Simples, puro, virgem, imaculado...
Quente, sádico, cheio de pecado.

Tudo, nada, ou simplesmente: Sonho!

(Anderson Neves)

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