quarta-feira, 24 de março de 2010

Beleza deturpada

Matei o ser que me gozou pro mundo
Matei de forma sutil e poética
De jeito abstrato, porem profundo.
Não o sinto, não o vejo, não o quero.
Não o sou, se não a sua réplica.

Sinto-me mau ainda...
Onde está o consolo
O descanso...
Onde me encontro?

O Sangue corrompe...
Cospe as verdades inundadas em mentiras
Mentiras contadas para serem vividas
Meu corpo completo, minha alma repleta, meu peito decrépito.

Fui feito pro amor, com amor...
Mas, me ensinaram a amar?
Se é feio sentir a verdade,
Bonito é mentir em nome dela?
Transformar sentimentos deturpados em ilusões caóticas, embora, aceitáveis.

Essa é a verdadeira beleza do mundo.

(Anderson Neves)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O não sentir dos sentidos (por Anderson Neves)


Meu nome é August, August Rush, tenho 79 anos e não sinto nada!


É verdade! Não sinto nada mesmo, nadinha de nada! É bem triste não sentir nada. Cheirar, e não sentir o cheiro. Comer e não sentir o gosto. Amar e não sentir o amor...


Não sinto calor, não sinto frio, não sinto dor, nem alegria, não sinto a presença de ninguém, não me sinto nem vivo e nem morto, não sinto medo ou angustia, não sinto felicidade, e nem ao menos, me sinto infeliz. Não sei o que é sentir fome e nem vontade de comer...


Vou tentar lhes contar em um breve relato, como é minha vida... Mais se vocês não se sensibilizarem, por favor, não se culpem. Como é que eu vou passar alguma coisa que nem sei como é.


Foi difícil pra eu conseguir nascer, é que eu não sentia que estava na hora sabe. Ao nascer eu não chorei! Não senti vontade, o que me levou a minha primeira surra!


Nunca fiz questão de mamar em minha mãe, de me alimentar da vida dela, como um canibal. Mesmo não sentindo que tinha nenhum vínculo com aquele ser que havia me concebido em seu ventre, para logo depois me expulsar de lá tão violentamente, e ainda permitir que aquele homem de mascara me batesse bem na sua frente, embora não sinta nenhum rancor ou amargura por ela.


Quando criança, minhas mal criações eram apenas por falta de vontade de fazer alguma coisa, não tinha vontade de obedecer e isso fez com que minhas surras durassem horas e horas é que minha mãe não entendia que eu não chorava porque não sentia nenhuma dor.


Nunca gostei de banhos, minha mãe ficava possessa, dizia arduamente que eu estava fedendo como um gambá, mais nem preciso dizer que eu não sentia cheiro algum, e se tinha cheiro em mim, era meu. Porque que eu ia querer me livrar dele. Uma vez minha mãe me levou a casa de uma grande amiga dela, me deu um banho daqueles e derramou quase um vidro inteiro do que ela chamava de alfazema em cima de mim. Logo aquela senhora gorda e roliça a quem fomos visitar me deu um abraço e disse que eu era muito cheiroso. Eu logo em seguida respondi: _ Não! O cheiro que a senhora está sentindo é do perfume, eu cheiro a gambá!


Certa vez, ganhei da minha tia surda, um cachorro. Coloquei o nome dele de “Nada”. Nada não fazia nada o dia inteiro, mais eu nem ligava. Eu passava o dia inteiro observando o nada, que Nada fazia. Posso até dizer que ele foi meu primeiro amigo.


Isso se eu pudesse sentir o que é a amizade – três dias depois minha mãe ficou louca porque o Nada tinha feito cocô na casa inteira, levei outra surra e o Nada foi embora. Mais o que eu podia ter feito? Não senti catinga nenhuma. Foram três longos dias, eu tentava entender como é que aquele ser podia está sempre balançando o rabo como se quisesse me mostrar que era feliz, mesmo nas maiores broncas.


Tempos depois eu arrumei uma namorada! Nosso primeiro beijo foi muito curioso: ela me segurou pelo braço e tacou um bejão... logo depois perguntou o que eu tinha sentido, eu olhei bem nos seus olhos e falei: Não senti nada! Ela me deu um tapão no rosto e foi embora. Se eu sentisse alguma coisa eu até teria sorrido.


O sexo sempre foi algo muito peculiar em minha vida, nunca senti vontade de fazer, entretanto, nunca senti vontade de não fazê-lo! Então o fiz. Fiz muito... com várias mulheres. Bastava um encontro e pumba fazia sexo. Mais não sentia nada. Se todos faziam e gostavam, então não teria problema de eu fazer também. Nunca senti vontade de estudar, e mesmo assim, me formei.


Foi aí que eu comecei a me questionar. Porque eu não sentia as coisas?!


Comecei a fingir que sentia, pra que eu mesmo pensasse que tava sentindo, aquilo que não sentia! Ficava prestando atenção nas pessoas; quando sorriam, eu sorria também; quando choravam, eu também chorava; quando ficavam bravas, eu imitava direitinho. Então, percebi que tudo estava mudando. As pessoas não me evitavam mais, mas eu continuava sem sentir nada. Ninguém percebia. Era tão obvio a minha falsa interpretação, eu nunca cairia num truque destes. Só que ninguém se importava se era verdade ou não. Se eu sentisse alguma coisa talvez até ficasse angustiado.


Continuo levando minha vida. Até hoje sem saber o que é sentir. Na verdade, às vezes, até acho que tenho todos os sentidos, só que nunca aprendi a usá-los.


Outras vezes acho que sou louco. Mais quem não é?!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Consumo Televisão Realidade

_.Ô manhêee! Nós temos que comprar o novo Multifaciliteitor 2010/15. Por favor, mãe!
_Está bem querido, mas Pedrinho... O que é um Multifaciliteitor 2010/15?
_Ah! O que é eu num sei. Mas o moço da TV disse que, hoje em dia, ninguém mais pode viver sem um desses.
_Tudo bem meu filho. Agora deixa a mamãe trabalhar e vá assistir mais TV


Pedro tem 10 anos, passa maior parte do dia assistindo televisão, desde seus três anos, idade na qual, foi apresentado e deixou-se envolver por esse mundo mágico. Seus pais são separados e como na maioria das famílias, ele ficou com a mãe. Embora, em todos os segundos domingos do mês, ele passe uma tarde inteirinha com seu pai. Tarde essa que se propaga na frente de uma bela Televisão de plasma 42’. TV cuja programação se diversifica em 320 canais de alta definição.

Na casa de sua mãe, Pedro pode escolher entre à TV da sala, do seu quarto ou da cozinha, para assistir todos os 38 programas diários que fazem parte de sua rotina. Certa vez, ele acabara se dando mal numa prova de matemática. Resolveu então, pedir ajuda a sua mãe, só que a pobrezinha estava muito ocupada. Assoberbadíssima, como ela mesma enfatizou. Foi então que ele lembrou-se, de ter visto, que às seis horas da manhã passaria um programa sobre matemática no Tele curso 2010, acordou cedinho, o assistiu e assim conseguiu recuperar sua nota.

E embora, fosse uma criança privilegiada, Pedro sentia que algo estava faltando em sua vida. Ele pensava que sua família deveria ser como: as dos comerciais de margarina. Imaginava seu cachorro salvando a terra, sua avó fazendo bolos e lhe contando histórias sobre a Cuca. Queria ele, ter uma vida tão boa quanto às das pessoas que moravam dentro da TV. Pobrezinho.

Tudo do lado de dentro do vidro parecia melhor, de que, o que estava do lado de fora. O carro da mãe da marcinha - na novela das 20:00h - é bem melhor e mais bonito que o de sua mãe. Até as crianças da escola - na novela das 18:00h – lhe parecem muito mais maneiras de que seus amigos de verdade. Só que Pedrinho tinha uma certeza. Ele sabia que um dia teria muito dinheiro, e então ia poder comprar tudo que sua TV lhe oferecia. Todas aquelas propagandas, diziam, insistentemente, tudo que ele podia ter, mas não tinha. Tudo que ele queria, que desejava, que sonhava em possuir. Será que ele vai conseguir?

Bom na verdade, tenho que confessar algo. Eu me chamo Pedro, não tenho mais 10 anos, não moro mais com a minha mãe e há muito tempo não passo as tardes do segundo domingo do mês com meu pai. Querem saber o que aconteceu comigo?

Eu cresci! A televisão foi minha fiel companheira por muito tempo. Embora não me desse muita coisa, apenas oferecia palavras de conforto, entretenimento, me fazia sorrir, chorar, dormir. Às vezes me deixava bravo, triste, às vezes angustiado, decepcionado... Mas, quem não faria o mesmo.

Minha adolescência foi bem mais conturbada. É que eu ainda não entendia o fato de não poder viver a falsa realidade imposta pela TV. Então fiquei meio que... Revoltado. Digamos que eu tinha uma, certa obsessão por quebrar coisas. Destruir aquilo que eu queria pra mim. Destruir aquilo que... Eu tinha todos os dias, esfregado em minha face. Mas que era feito de uma maneira tão linda e subjetiva, na qual eu não conseguia distinguir.

Parecia que a felicidade estava tão perto de mim, mas meus braços não a alcançavam. Eu me consumia por dentro, pelo fato de não poder consumir aquilo que estava fora.

E pensar que devo tudo isso aos meus pais. Ou... À falta que a presença deles me proporcionava.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Um conto de violência

Por: Anderson Neves
Houve um tempo, em que as crianças brincavam, enquanto os adultos estavam trabalhando e os idosos, que já tinham brincado e trabalhado durante toda vida, descansavam em suas casas. Tempo esse, difícil de lembrar. Parece até conto de fadas “há muito e muito tempo... em um reino tão, tão distante...”.

Bom, já ouviram falar de violência? Claro que sim. Mas, o que é violência? Como ela se caracteriza? O que ela realmente significa?

Agressões físicas, assassinatos, estupros, agressões psicológicas, assédio moral, bulling. Sim, isso tudo é violência. Entretanto, existem várias nuances que também se caracterizam como tal. Diariamente recebemos enumeras mensagens, que agridem nossa percepção, imagens, sons, explícitos ou subliminares, mensagens essas, direcionadas principalmente as crianças e adolescentes já que eles são mais suscetíveis a percebê-las. Esses jovens que, a cada dia, perdem o direito de exercer sua jovialidade, perdem algo bastante valioso. O direito de viver a plenitude de sua idade. Fato esse que, por si só, pode ser identificado como violência.

Não a mesma violência que podemos visualizar nas telas de nossas televisões, em uma programação sensacionalista, direcionada para uma massa, que cada vez mais se torna heterogenia. Programas esses que nos bombardeiam com demonstrações bárbaras de uma violência evidente. Embora, a todo custo, nos prive de um conhecimento mais elaborado sobre o que realmente está nos ferindo. Não falo daquilo que deixa marcas visíveis no corpo, e sim, do que fere nossa alma e corrompe nossa mente.

Hoje, o mundo só existe para uma fase da vida. A que você tem o poder de decidir e o vigor físico para realizar essas decisões. Não existe lugar para crianças ou idosos. Enquanto os pequenos têm de ultrapassar a barreira da idade, tomando assim decisões que não lhes caberia por algum tempo, os idosos tem de permanecerem, pelo maior tempo possível, em sua total vitalidade sem deixar assim sua produtividade sair de foco.

Essa violência silenciosa, sutil e refinada é imposta pelo próprio cotidiano, pelas escolas, brinquedos, revistas, simples e perigosos gestos, imagens, comportamentos e hábitos. Tudo passa meio despercebido e de forma subjetiva. Cria-se um dialeto da violência, que atinge principalmente os jovens. Por esse motivo, vemos com cada vez mais freqüência, atos violentos originados de adolescentes e que se dá na maior parte das vezes como resposta a toda essa gama de informações violentas, deturpadas e direcionadas.

Espero que um dia possamos fazer outra analogia aos contos de fadas e dizer: “E foram felizes para sempre...”

domingo, 20 de setembro de 2009

Sonho

Na lucidez dos meus sonhos, vejo meu mundo fluir
Na escuridão de uma noite, na intensidade da vida,
faço brilhar meus anseios, do corpo, da alma, dos gostos,
dos cheiros, dos beijos, dos seios...

Vida, que o inconsciente inventa,
Para aliviar o real, que a realidade distorce,
Para esconder os desejos, pra disfarçar a morte
para superar as angustias, nos deixar mais fortes

Mentiras que o próprio corpo aceita,
Um choque real, no meio da noite
Trazendo a tona, viagens perfeitas
Constrangendo as vergonhas, em um único golpe.

Não importa em que ponto da vida se está.
Não importa o status que se queira passar,
Não importa nem ao menos, se quer ou não quer.
O que importa... é a vida que ainda se tem,
é a cor dos desejos, é o gosto da vida, o sabor das feridas,
o amargo das dores, o sentir dos amores...

Liberdade sem regras, barreiras, correntes...
Sem limites de tempo, espaços e classes
Às vezes é única, outras remanescentes.

Muitos dizem que sabem. O que querem dizer,
Descrever e saber... adivinhar o que é...
Se é passado, futuro ou presente?
Se é real? ilusão? Ou só é?

Simples, puro, virgem, imaculado...
Quente, sádico, cheio de pecado.

Tudo, nada, ou simplesmente: Sonho!

(Anderson Neves)

segunda-feira, 25 de maio de 2009




Minha vó.



Mulher guerreira, vencedora, desde os tempos da maruja, das brincadeiras de “Boi de Reis”. Mãe excepcional criou seus filhos à base de amor e sacrifício, esposa exemplar daquelas que põe a família acima de tudo. Uma personalidade de enlouquecer qualquer um ao seu redor, uma avó diferente das vovós dos contos infantis, nada de cabelos brancos e vestidos quadriculados. Eu me orgulhava da minha vó que mais se parecia com a Emília de que com a Dona Benta, Sempre arrumada com suas blusas baby look, suas saias rodadas e estampadas, seus lábios vermelhos como dois cravos encarnados. Mais não se sabe por que, talvez nunca venhamos, a saber, pois a vida nós temos, mas nosso viver só a Deus pertence. Minha linda vovó, minha doce Querubina, iniciava uma jornada e cumpria sua sina. Toda sua vida, lembranças, momentos, história, apagando se de sua memória, toda sua independência sendo tirada de seus punhos lentamente. Seus sentidos dilacerados pelo tempo, a única coisa que não lhe foi tirada foi o amor que plantou ao longo de sua vida, amor aos filhos, aos netos, o amor que foi cultivado e está sendo colhido neste momento. Como pode alguém se esquecer de si próprio de seus gostos, suas vontades, suas vergonhas, seus desgostos, isso parece algo irreal. Hoje não acho que a morte seja tão assustadora, mais assustador é o esquecimento! O esquecimento dos outros, o esquecimento de si próprio.


( Anderson Neves)

terça-feira, 5 de maio de 2009

Só! E somente só! na lingua Portuguesa



Mundo Moderno
(Chico Anysio)

Mundo moderno, marco malévolo, mesclando mentiras, modificando maneiras, mascarando maracutaias, majestoso manicômio. Meu monólogo mostra mentiras, mazelas, misérias, massacres, miscigenação, morticínio - maior maldade mundial.
Madrugada, matuto magro, macrocéfalo, mastiga média morna. Monta matungo malhado munindo machado, martelo, mochila murcha, margeia mata maior. Manhãzinha, move moinho, moendo macaxeira, mandioca. Meio-dia mata marreco, manjar melhorzinho. Meia-noite, mima mulherzinha mimosa, Maria morena, momento maravilha, motivação mútua, mas monocórdia mesmice. Muitos migram, macilentos, maltrapilhos. Morarão modestamente, malocas metropolitanas, mocambos miseráveis. Menos moral, menos mantimentos, mais menosprezo. Metade morre.
Mundo maligno, misturando mendigos maltratados, menores metralhados, militares mandões, meretrizes, maratonas, mocinhas, meras meninas, mariposas mortificando-se moralmente, modestas moças maculadas, mercenárias mulheres marcadas. Mundo medíocre. Milionários montam mansões magníficas: melhor mármore, mobília mirabolante, máxima megalomania, mordomo, Mercedes, motorista, mãos… Magnatas manobrando milhões, mas maioria morre minguando. Moradia meia-água, menos, marquise.
Mundo maluco, máquina mortífera. Mundo moderno, melhore. Melhore mais, melhore muito, melhore mesmo. Merecemos. Maldito mundo moderno, mundinho merda.
Muito, Massa MesmoOO rsrsrs????

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Violência por Violência




Bom gente, hoje quero falar, ou melhor, compartilhar com vocês, algo que está tomando proporções inaceitáveis na vida de todos nós. A violência.


Você já passou um único dia sem ouvir falar de um assalto, um assassinato, ou simplesmente uma briga, ultimamente? Não né.


Pois é! Hoje nós nos encontramos, cercados por situações extremamente desagradáveis, não podemos mais nos sentir seguros, nem em nosso próprio local de trabalho, já que a violência tornou-se algo tão banal. Violência não é só agressão física, o simples fato de violar, seja o espaço, a dignidade ou os bens alheios já são considerados atos de violência.


E o que causa? O que gera esse tipo de comportamento? será a desigualdade social? será a falta de recursos, a fome e necessidade que transformam um ser humano e o fazem agir desse jeito? Não. Porque se fosse assim: rico não roubava, e todo pobre era ladrão.


Vai muito além disso, hoje em dia, valores estão sendo esquecidos. Sentimentos como honradez, dignidade, confiança, estão adormecidos dentro de algumas pessoas. E tudo isso vem de cedo, desde nossa infância. A politica do mais esperto é a que prevalece. O que engana, pra se dar bem, é o mais bem quisto em meio a comunidade. E isso é bem triste.


É evidente que não quero tirar, de forma alguma, a parcela de culpa dos nossos governantes, postos policiais abandonados, policia mal remunerada, descaso perante uma sociedade oprimida, que está tão machucada, que nem ao menos se sente confiante em acusar ou reclamar, em GRITAR os seus direitos. Em Emaús bairro em que moro e em que trabalho, está acontecendo mais de um assalto por dia, não tenho dados do IBGE ou de algum órgão competente, e sim, dados pessoais, de convivência com amigos, vizinhos, e pessoas do cotidiano. Comerciantes não sabem se o prejuízo maior, é fechar as portas ou deixa-las abertas, a mercê dos bandidos, jovens e adolescentes, não podem mais ir pra escola tranquilamente sem o terror psicológico de serem abordados e entregarem tudo que tem, é algo inacreditável, inaceitável! Eles estão roubando até a roupa que está em nossa pele. A pouco tempo dois bandidos, que ainda se encontram soltos e impunes, entraram numa lan house, e além de levarem todo o dinheiro de caixa, acharam pouco e levaram todos os bens dos clientes que lá se encontravam, e o que mais chama a atenção, é que levaram até uma sacola de pão de uma senhora que lá estava.


Chega a beirar o ridículo, se nós não pudermos se sentir seguros nem no ambiente onde moramos, nem mesmo no seio de nosso lar. O que nos resta?


O posto policial, que fica aqui nas redondezas do parque, só não está em total abandono, porque foi invadido e está servindo de moradia, pra uma família de um circo instalado perto do local. Assim podemos ver o quanto de interesse nossos governantes tem conosco.


Jovens estão tendo que se armar pra poderem ir à escola. Onde nós estamos? Nossas crianças tendo que ter na mochila escolar ,além de livros, cadernos, e lanches. Uma faca, um revólver, uma pistola. No lugar de um brinquedo, ou um celular. Um 38 cano longo.


Será que isso pode passar desapercebido? Será que temos que conviver com algo tão anormal? Não. Temos que ter coragem de cobrar. Não podemos deixar passar assim ao léu. Fazer o boletim de ocorrência, chamar a imprensa. Cobrar das autoridades que nós colocamos lá. Vamos ser mais críticos, para que assim tenhamos ao menos tentado, fazer a diferença.




sábado, 25 de abril de 2009

Saudades


As vezes sinto saudades do tempo que já passou

Sinto saudades também, do tempo que ainda virá

De todas as tardes fagueiras, que o tempo logo apagou,

de todas as tardes de sonho, que estarei a esperar.


Saudades de amigos distantes,

Saudades de amores em noites perdidas,

Amores de só um instante

Amores de toda uma vida.


Saudades tenho das coisas, que um dia tive, e esqueci

Das coisas que quis e não tive,

Das coisas que eu nunca quis


Nem sei bem o que é isto,

saudade que só existe aqui,

E no mundo inteiro o que eu sinto?

Sentimento é aqui, não alí...


Minha lingua mãe, me completa,

Me dá nome pras todas as dores

Me consome em saudades de tudo

Me consola com novos amores...


(Anderson neves)

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Quem é o sexo complicado?


Hoje, uma grande amiga me perguntou porque nós homens, eramos tão complicados? Na hora exata pensei!



"Poxa os homens não são complicados, esse título pertence as mulheres."



Após alguns segundos de analize, cheguei a concluzão, de que realmente nós homens também temos nossas complicações, sendo que, 90% delas dizem respeito as mulheres lógicos.



Existiu um cara que finalmente entendeu as mulheres?
Só que ele morreu de rir, antes de contar pra alguem.



Vou apresentar a vc's um importantíssimo dicionário de termos, femininos e masculinos, minuciosamente estudado e comprovado, com ele será mais fácil entender as entrelinhas da questão:



DICIONÁRIO FEMININO

Sim = Não
Não = Sim
Talvez = Não
Sinto muito = Vai ser como eu quero
Nós queremos = EU quero
É você que manda = Você vai pagar por isso
Faça como quiser = Você vai pagar muito caro por isso
Precisamos conversar = Quero me queixar de você
Vá em frente = Não quero que você vá
Não estou chateada = Lógico que eu estou chateada
Você é tão másculo = Você está suando e precisa fazer a barba
Você está muito atencioso esta noite = Você só pensa em sexo?
Seja romântico, apague as luzes = Estou me sentindo gorda
Esta cozinha é desajeitada = Quero uma casa nova
Quero cortinas novas = ... e carpete, e móveis, e máquina de lavar...
Pregue o quadro ali = NÃO, pregue-o aqui
Ouvi um barulho = Você está quase dormindo
Você me ama? = Vou te pedir algo bem caro
Quanto que você me ama? = Eu fiz algo de que você não vai gostar
Estou pronta em um minuto = Tire os sapatos e escolha um canal de TV
Estou gorda? = Me diga que estou bonita
Você precisa aprender a se comunicar = Apenas concorde comigo
Tá me ouvindo? = (muito tarde, você está morto)
Era o bebê? = Por que você não levanta e faz ele dormir?
Não estou gritando! = Sim, estou gritando porque é importante.
A mesma história de sempre = Nada
Nada = Tudo
Tudo = Minha TPM está à toda
Nada, mesmo = Você é uma besta!



DICIONÁRIO MASCULINO

Estou com fome = Estou com fome
Estou com sono = Estou com sono
Estou cansado = Estou cansado
Quer ir ao cinema? = Gostaria de transar?
Posso te levar para jantar? = Gostaria de transar?
Posso te ligar? = Gostaria de transar?
Me concede esta dança? = Gostaria de transar?
Bonito vestido! = Que decote! Gostaria de transar?
Você parece tensa, deixe-me fazer uma massagem = Gostaria de transar?
O que há de errado? = Não sei por que você está dando tanta importância a isso
O que há de errado? = Estou vendo que hoje sexo, nem pensar
Estou chateado = Quer transar?
Eu te amo = Quero transar agora
Eu também te amo = Tá bom, eu já sei disso. Agora... vamos transar?
Sim, gostei do seu cabelo = Gostava mais do jeito que estava.
Seu cabelo ficou bem = 50 paus pra ficar como estava!
Vamos conversar = Estou querendo te mostrar como sou uma pessoa profunda e talvez você queira transar comigo
Quer casar comigo? = Não quero que você transe com outros
Gostei mais desse = Pegue qualquer vestido e vamos embora logo



é depois disso ficou fácil né????



KKKKKKKKKKKKK ...

Aprender a pensar é uma necessidade!!!


A maioria das aulas que tive foi expositiva. Um professor, normalmente mal pago e por isso mal-humorado, falava horas a fio, andando para lá e para cá. Parecia mais preocupado em lembrar a ordem exata de suas idéias do que em observar se estávamos entendendo o assunto ou não.
Ensinavam as capitais do mundo, o nome dos ossos, dos elementos químicos, como calcular o ângulo de um triângulo e muitas outras informações que nunca usei na vida. Nossa obrigação era anotar o que o professor dizia e na prova final tínhamos de repetir o que havia sido dito.
A prova final de uma escola brasileira perguntava recentemente se o país ao norte do Uzbequistão era o Cazaquistão ou o Tadjiquistão. Perguntava também o número de prótons do ferro. E ai de quem não soubesse todos os afluentes do Amazonas. Aprendi poucas coisas que uso até hoje. Teriam sido mais úteis aulas de culinária, nutrição e primeiros socorros do que latim, trigonometria e teoria dos conjuntos.
Curiosamente não ensinamos nossos jovens a pensar. Gastamos horas e horas ensinando como os outros pensam ou como os outros solucionaram os problemas de sua época, mas não ensinamos nossos filhos a resolver os próprios problemas.
Ensinamos como Keynes, Kaldor e Kalecki, economistas já falecidos, acharam soluções para um mundo sem computador nem internet. De tanto ensinar como os outros pensavam, quando aparece um problema novo no Brasil buscamos respostas antigas criadas no exterior. Nossos economistas implantaram no Brasil uma teoria americana de "inflation targeting", como se os americanos fossem os grandes especialistas em inflação, e não nós, com os quarenta anos de experiência que temos. Deu no que está aí.
De tanto estudar o que intelectuais estrangeiros pensam, não aprendemos a pensar. Pior, não acreditamos nos poucos brasileiros que pensam e pesquisam a realidade brasileira nem os ouvimos. Especialmente se eles ainda estiverem vivos. É sandice acreditar que intelectuais já mortos, que pensaram e resolveram os problemas de sua época, solucionarão problemas de hoje, que nem sequer imaginaram. Raramente ensinamos os nossos filhos a resolver problemas, a não ser algumas questões de matemática, que normalmente devem ser respondidas exatamente da forma e na seqüência que o professor quer.
Matemática, estatística, exposição de idéias e português obviamente são conhecimentos necessários, mas eu classificaria essas matérias como ferramentas para a solução de problemas, ferramentas que ajudam a pensar. Ou seja, elas são um meio, e não o objetivo do ensino. Considerar que o aluno está formado, simplesmente por ele ter sido capaz de repetir os feitos intelectuais das velhas gerações, é fugir da realidade.
Num mundo em que se fala de "mudanças constantes", em que "nada será o mesmo", em que o volume de informações "dobra a cada dezoito meses", fica óbvio que ensinar fatos e teorias do passado se torna inútil e até contraproducente. No dia em que os alunos se formarem, mais de dois terços do que aprenderam estarão obsoletos. Sempre teremos problemas novos pela frente. Como iremos enfrentá-los depois de formados? Isso ninguém ensina.
Existem dezenas de cursos revolucionários que ensinam a pensar, mas que poucas escolas estão utilizando. São cursos que analisam problemas, incentivam a observação de dados originais e a discussão de alternativas, mas são poucas as escolas ou os professores no Brasil treinados nesse método do estudo de caso.
Talvez por isso o Brasil não resolva seus inúmeros problemas. Talvez por isso estejamos acumulando problema após problema sem conseguir achar uma solução.
Na próxima vez em que seu professor começar a andar de um lado para o outro, pense no que você está perdendo. Poderia estar aprendendo a pensar.




Artigo Publicado na Revista Veja, Editora Abril, edição 1763, ano 35, nº 31, 7 de agosto de 2002, página 20.

terça-feira, 21 de abril de 2009




Inocência perdida



Há que falta me faz...

As marcas de alegria do sorrir da inocência
As lágrimas de temor da mais pura infância
Dos meus amigos a companhia
Dos meus pais a tolerância

Há que falta me faz...

O medo que eu tinha de dormir no escuro
As brincadeiras sapecas, de pular os muros
as fulgas à tarde, quando minha mãe dormia
as brigas com meu primo e dos carões de minha tia.

Os deveres de casa, que eu nunca fazia.
Os programas da Globo e toda sua magia
TV colosso, Xuxa e toda essa fantasia!

Há que falta me faz...

Brincar até tarde e esquecer de comer,
De não saber o que eu era, mais o que ia ser.
De achar chato ser criança e querer logo crescer!

Da vontade que eu tinha de quebrar a TV
Pra que aquela magia, eu pudesse viver
Pra que tudo que via, eu pudesse ter
E tudo que eu quisesse, eu pudesse ser!!!

Hoje em dia quando a ligo
Quero logo desligar
Pois aquilo que vejo, não consigo acreditar!
Que um pai a sua filha seja capaz de matar
E o fruto da sua vida de uma janela jogar.

Há que falta me faz...

A minha doce e querida inocência perdida
Pelo tempo que logo teimou em passar
A tristeza do amargo fel de entender a vida
E a eterna vontade de no mundo acreditar.

(Anderson Neves)

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Um em, um milhão...


Bom, faz um tempinho que não posto nada, é que tava em semana de prova ( e que semana ),

Quero falar do ser humano, sobre o que acho dele ( ou de mim ).


Pense num bixinho complicado é esse tal de Ser humano! não importa se é homem, mulher ou algo "parecido". É tudo igual. Embora sejam todos DIFERENTES.


É compicado tratar esse assunto, mais como todo ser humano, gosto de complicações. Como é que eu posso dizer que sou igual a todo ser humano? Como posso dizer que todo ser humano gosta de complicações? se a todo custo eu tento ser diferente de todo mundo, se tanto busco minha individualidade. Será que é assim com todo mundo? rsrsrs . . . Devido a pesquisas realizadas em todo meu ambiente relacional, cheguei a conclusão de que sim. rsrsrs . . .


Sabe aquela raiva que sentimos incontrolavelmente? aquelas que nos dão vontade de matar alguem! e logo depois, simplismente passa, pois você percebe que tanta raiva, as vezes significava outras coisas. E aquela nessessidade que criamos de ter algo, aquele desejo fulminante, que só se finda, quando conquistamos o que queremos e precebemos o quanto nem era tão importante. Os impulsos incontroláveis, que nos fazem cometer várias besteiras, e as sensações, sim elas mesmas "as sensações", que estão sempre conosco, a sensação de que tudo vai dar errado, ou de que tudo está na mais perfeita ordem... elas só servem pra nos disnortearem da realidade. Isso me deixa maluco.


Felizmente, ainda vou poder colocar a culpa de tudo isso, no "ser humano".


Vou deixar o meu individualismo para situações mais convenientes. KKKKKKKKK







segunda-feira, 6 de abril de 2009

A pressa é inimiga da perfeição...



Essa é uma expressão a se pensar,


Tudo que queremos muito, queremos rápido. E se temos ficamos muito felizes, e se veio rápido não veio perfeito... rsrsrs sei que é meio louco.

É que eu estou muito ansioso, esses dias, por estar esperando algo que eu quero muito, e quero rápido, só que não será rápido, o que me deixa triste, mas, me deixa feliz tbm, pois se não virá rápido, é porque virá perfeito! KKKKKKKKK


As vezes pensar muito, quase nos faz enlouquecer né? Embora seja bem melhor pensar muito que não pensar nada.


Pensar é o que nos diferencia dos animais... ai en fico pensando! Caramba tem tanta gente que eu conheço que são uns animais! rsrsrs...


Hj, em pleno século XXI, não basta pensar. Temos que pensar e repensar, que ter uma visão mais crítica, mais plausível, e entender que nada nesse mundo em que "vivemos", tem um só significado, nada quer dizer somente uma única coisa. E é ai que a arte de pensar se torna mais desafiadora.


Devido a tudo isso que pensei, cheguei a conclusão de que nada sei. rsrsrs... acho que alguem pensou isso antes de mi né? KKKKKKK Aeh!!! fico eu aqui, reles pensador, esperando que o que espero, venha no tempo certo.


E que este tempo, seja o mais breve possível rsrsrs...

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Primeiro pensamento

Bom, este é o primeiro post deste blog e tambem de minha vida, nem sei direito o que colocar, mas já que este lugar foi idealizado apenas pra divulgar nossos mais livres pensamentos e idéias. Hj vou falar do que estou sentindo ultimamente.

Amor...

Muitos podem achar careta, antiquadro, coisa de criança, de mulhersinha, mais na realidade todo mundo ama - exeto os sociopatas é claro - pelo menos é isso que eu penso, e este espaço é totalmente aberto pra idéias e pensamentos livres de provas ou conceitos pré-estabelecidos por ciêntistas, filósofos, ou estudiosos em geral, o amor pode existir de várias formas possiveis e inimagináveis, ( sempre esperei o dia em que ia poder usar essa expressão rsrsrs... desculpem), tem o amor que já nasce conosco, amor dos pais e da família, tem o amor que construimos para toda uma vida, e do qual sentimos cada dia por mais pessoas, que é o amor de amigo, e tem o mais famoso, conhecido e procurado do mundo que é o amor de casal, sauhsauhsua... o amor entre duas pessoas que são tão diferentes, tão iguais, que por esses motivos ou pela falta deles simplismente se amam, se suportam, e tentam a cada dia conviver e entender as diferenças um do outro.

Eu não acretido num único amor. Calma. Não estou falando de traição, estou querendo dizer que vc pode amar mais de uma vez, eu acredito sim em amor eterno, desde que a recíproca seja absolutamente verdadeira, independente de ser seu primeiro ou Centézimo amor.

Ouvi dizer uma vez que o amor:

É uma relação de poder, de quem ama menos, sobre quem ama mais.

Realmente, depois que pensei sobre essa definição, percebi que ela tem muito fundamente, mas embora esteja correta, não deveria jamais ser seguida.
Quem ama menus tem poder sobre quem ama mais, quanto mais se amar, mais vulnerável irá se tornar, se levarmos isso em consideração, as pessoas passarão a sempre querer amar menus, e isso é tudo que nosso mundo não precisa, pelo contrário, precisamos de cada vez, mais e mais amor!

Bom gente! é isso ai, espero que possamos fazer deste lugar uma válvula de escape, pra falarmos de todosssss os assuntos, sem censura e sem frescuras. Abraço a todos!